Especialista comenta que a Cannabis Medicinal pode ser eficaz no combate à náusea e vômitos induzidos pela quimioterapia, proporcionando alívio aos pacientes, permitindo que eles mantenham uma alimentação adequada e retenham os nutrientes necessários para o combate à doença
Segundo a dentista Juliana Maraski, ao fazer o tratamento odontológico na pessoa com câncer, uma avaliação cuidadosa da saúde bucal precisa ser feita antes do início do tratamento oncológico. Ela lembra que a comunicação com a equipe médica do paciente é importante para prevenir infecções, ajudando no monitoramento dos efeitos colaterais e adaptação dos procedimentos dentários conforme as necessidades daquele indivíduo.
Como os pacientes oncológicos têm chances de apresentarem determinadas condições específicas na parte bucal, Juliana destaca que o dentista pode ajudar a detectar, prevenir e tratar, por exemplo, a mucosite oral, além de gerenciar a xerostomia (boca seca), controlar a dor e ansiedade relacionadas ao tratamento e adaptar dietas às condições bucais. A especialista reforça que o acompanhamento odontológico contínuo é fundamental tanto durante quanto após o tratamento contra o câncer.
Cannabis Medicinal no tratamento odontológico do paciente com câncer Maraski é prescritora e estudiosa da Cannabis Medicinal. A dentista conta que os benefícios terapêuticos da planta têm sido cada vez mais reconhecidos como um aliado potencial no tratamento de pacientes oncológicos, incluindo analgesia (alívio da dor), ação anti-inflamatória e ansiolítica.
Ela explica que a jornada do tratamento é frequentemente marcada por dor crônica, náusea, ansiedade, falta de apetite — a Cannabis Medicinal pode estimular a fome e ajudar na manutenção do peso corporal, sendo crucial para a recuperação e o conforto do paciente.

No entanto, a especialista faz um alerta sobre o uso da Cannabis Medicinal no tratamento odontológico de pacientes oncológicos: “Deve ser cuidadosamente monitorado e supervisionado por profissionais de saúde qualificados, levando em consideração fatores como dosagem, forma de administração, interações medicamentosas e possíveis efeitos colaterais”, ressalta.