Estudo da agência Macfor revela preferências de corredores e aumento por buscas por artigos relacionados ao esporte
As corridas de rua têm sido uma das atividades físicas preferidas pelos brasileiros que buscam cuidar da saúde e da boa forma. Por isso, estão em alta as marcas voltadas para esse esporte e que prometem melhor performance e conforto para os praticantes. Um sinal dessa tendência é o aumento impressionante de 170% no volume de buscas na internet pelo termo “tênis de corrida” nos últimos cinco anos, fenômeno captado por pesquisa da Macfor, empresa de Marketing full service. A agência fez um estudo que aponta ainda demais produtos e empresas preferidas pelos amantes dessa prática.
Marcas que pretendem obter a preferência desse público podem encontrar importantes descobertas no estudo intitulado “Corridas de rua: tendências de consumo de quem corre no Brasil”. O levantamento revela que os praticantes do esporte costumam optar por produtos inovadores que melhoram o desempenho, estão conectados através de redes sociais e aplicativos especializados e são em grande parte jovens preocupados com bem-estar e beleza.
Não é à toa que o interesse pela corrida vem crescendo. A pandemia elevou a preocupação das pessoas com relação à saúde e essa atividade aeróbica promete muitos benefícios para o sistema imunológico e combate à obesidade. Mas ela também vem se popularizando por ser de fácil acesso: pode ser praticada em qualquer lugar e não exige a compra de equipamentos caros. São fatores que expandem o número de praticantes e também deixam sobras para as pessoas gastarem com artigos que lhes deem boa performance.
De acordo com o estudo, o principal público das corridas está presente na região Sudeste, onde também são realizadas as maratonas mais famosas do país. Esses estados concentram 60,2% dos praticantes, enquanto que a região Sul contribui com uma participação de 22,2%. O menor índice foi registrado no Centro-Oeste, com apenas 3,1% de corredores. A pesquisa revelou um certo equilíbrio de gênero, com leve predominância dos homens (53%) sobre as mulheres (47%).
Apesar da constante procura por melhor desempenho e materiais tecnológicos que permitam a evolução desses atletas com segurança e conforto, o estudo mostrou que o brasileiro ainda procura ajustar esse desejo ao seu orçamento. Entre os tênis mais procurados, estão o Olympikus Corre 3 e o Nike Pegasus 40, que estão na faixa de até R$500. Realidade diferente do ranking global, em que aparece já em primeiro lugar o Hoka Clifton 9, cujo preço está acima de R$1 mil.
Esta marca especializada em tênis de alta performance, por outro lado, tem crescido na preferência dos brasileiros. Tanto que já abriu sua segunda loja física em São Paulo, depois de ingressar no país através do e-commerce. Outros artigos tecnológicos que estão em alta e são comprados por corredores dispostos a investir mais em busca de bons resultados nas pistas são os smartwatches,as cintas cardíacas e os monitores cardíacos, conforme mostrou o estudo. Roupas adequadas ao esporte, suplementos e outros itens de beleza também fazem parte da cesta de compras desse público.
A prática de corridas envolve também a paixão pelo desafio e a superação, valores que acabam sendo cultivados e exacerbados nas redes sociais, conforme também foi captado pelo estudo. Além das plataformas tradicionais, como Instagram e Facebook, os corredores utilizam também aplicativos que não só auxiliam no acompanhamento do desempenho, como servem de meio de conexão com outros adeptos.
Um dos preferidos desse público é o Strava, que justamente funciona também ao mesmo tempo como rede. O uso desse recurso mostra uma predominância dos mais jovens, pois 50% dos adeptos são da geração Z, com menor participação de baby boomers, que representam menos de 30% dos usuários. Mas as marcas também estão lançando seus próprios apps, com clubes de vantagens e de pontos, como forma de engajar e estreitar o relacionamento com os consumidores. É o caso da Adidas e da Nike, por exemplo.
“No estudo sobre corridas, fica evidente a grande oportunidade para exposição de marcas e para uma vinculação de imagem mais positiva com o patrocínio a eventos de corrida. A estratégia se viabiliza ainda mais se as empresas aproveitarem políticas públicas de incentivo ao esporte e aproveitarem os incentivos fiscais”, finaliza Fabrício Macias, co-CEO da Macfor.
A pesquisa da Macfor foi realizada com coleta de dados nas principais redes sociais e no Google e Bing e de listening nesses ambientes digitais públicos coletados pela API e processados dentro do Data Lake, Dolores. Além de captar tendências de comportamento e de expressão na internet, a agência também aponta insights que podem ajudar as empresas nos seus posicionamentos.
O estudo completo pode ser acessado pelo link: