Especialistas listam hábitos e investimentos para um planejamento financeiro sustentável
Há 100 anos é celebrado o Dia Mundial da Poupança, data que tem como finalidade conscientizar a sociedade sobre a necessidade de constituir reservas financeiras. No entanto, a educação financeira segue longe de fazer parte da cultura do Brasil. De acordo com a 7ª edição do Raio X do Investidor Brasileiro, pesquisa da Anbima em parceria com o Datafolha, cerca de 52% da população brasileira sente alto nível de estresse com as despesas e apenas 18,8% começou a poupar para a aposentadoria.
Reiterando o impacto da falta de educação financeira nas escolas e, mais tarde, na vida adulta, a pesquisa “Pulso 2023”, da Ipsos, revela que 61% dos nascidos no país não conseguem guardar quantias para investimento ou poupança — resultando em uma relação pouco saudável com o dinheiro.
Neste sentido, especialistas listam orientações para fomentar uma reeducação financeira entre esses grupos.
Poupar para além da poupança
“Além de organizar as finanças básicas, é necessário guardar um valor para investimentos. Os rendimentos obtidos por meio dessas aplicações serão um suporte crucial para garantir uma aposentadoria com mais qualidade e conforto, ou para realização de um sonho, seja a compra da casa própria, de um carro ou outro patrimônio. É importante destacar que existem alternativas de investimentos além da tradicional poupança. Embora segura e vista como investimento de curto prazo, há outras opções de renda fixa ou similares à classe que entregam retornos muito mais interessantes que a caderneta, como é o caso do ativo judicial — com rendimento de até 30% a.a. Portanto, antes de investir, estude as opções disponíveis e considere diversificar a carteira de investimentos”, pontua Eduarda Gouvêa, vice-presidente do Conselho Deliberativo da Droom Investimentos.
A bancarização como alicerce para a educação financeira e a cultura de poupança
“Além da promoção de educação financeira, a bancarização também desempenha um papel crucial na promoção da cultura de poupança. Segundo dados do Banco Central, uma parte significativa da população ainda vive à margem do sistema financeiro, sem acesso a contas bancárias, crédito ou outros serviços financeiros básicos. Incluir essas pessoas no sistema bancário formal é um dos primeiros passos para que possam desenvolver hábitos de poupança e investir no seu futuro financeiro de forma segura e sustentável. Ferramentas bancárias, como contas digitais, têm potencial para democratizar o acesso a serviços de planejamento financeiro e facilitar a criação de reservas para emergências e aposentadorias”, comenta Ingrid Barth, CEO da Pilotln e presidente da Associação Brasileira de Startups.