São Paulo, outubro de 2025 — O som agora é outro. No lugar das grandes produções musicais e multidões em frente ao palco, empresas e marcas estão investindo em experiências de bem-estar, equilíbrio e autocuidado. Os chamados festivais de wellness, que unem práticas como yoga, meditação, alimentação saudável e imersões na natureza, estão se tornando os novos festivais de música, movimentando bilhões e transformando a forma como o mercado corporativo se conecta com seu público.
De acordo com o Global Wellness Institute, o setor global de bem-estar movimentou US$ 6,3 trilhões em 2023 e deve ultrapassar US$ 9 trilhões até 2028. Dentro desse cenário, o turismo e os eventos de bem-estar crescem em ritmo acelerado, refletindo uma mudança de comportamento: as pessoas e empresas estão buscando experiências transformadoras, não apenas entretenimento.
A tendência também se consolida no ambiente corporativo. Segundo dados internos da agência 11onze, referência em curadoria e produção de eventos de marca, a demanda por experiências wellness cresceu 70% nos últimos anos. A busca vem tanto de empresas que desejam promover o bem-estar de colaboradores quanto de marcas que querem associar seus valores a propósito, saúde e qualidade de vida.
“Durante muito tempo, o entretenimento foi sinônimo de exagero, estímulo excessivo, euforia. Hoje, ele está se transformando em uma forma de cuidado coletivo. O novo luxo é o silêncio, a presença. É oferecer ao público um tempo de pausa em meio ao ruído do mundo”, explica Kiko Cesar, CEO da 11onze.
De vivências corporativas em resorts até grandes eventos abertos ao público, os festivais de wellness vêm redefinindo o conceito de experiência de marca. A 11onze, que já trabalhou com marcas como Amazon, Cartier e Iguatemi, tem apostado em formatos híbridos, que unem conteúdo inspirador, música leve, natureza e práticas de autocuidado — criando um ambiente imersivo que dialoga com as novas gerações de consumidores e com a cultura de bem-estar que atravessa o mundo dos negócios.
“A nova geração quer experiências que despertem, e não que anestesiem. Quer arte que silencie, música que acolha, espaços que respirem. O bem-estar deixou de ser um nicho e se tornou uma lente que atravessa moda, gastronomia, arquitetura, comportamento e, agora, o entretenimento”, completa Cesar.
O resultado é um mercado em plena expansão, onde o mindfulness substitui os holofotes e o som das bandas dá lugar à respiração consciente. Uma nova geração de festivais está nascendo, e o palco agora é o equilíbrio.
