Pesquisa realizada pela Crescimentum avaliou mais de 2.500 líderes em todo país
Com uma ampla amostra de mais de 2.500 líderes de todo o país, a Crescimentum, empresa especializada em Educação Corporativa, conduziu uma pesquisa abrangente sobre o comportamento da liderança no cenário empresarial brasileiro. O estudo revelou que a Agilidade e o Desenvolvimento de Pessoas emergiram como os principais pontos que demandam melhorias significativas, com uma média de apenas 5,8 de satisfação nesses aspectos.
A pesquisa, que envolveu mais de 24 mil respondentes no total, teve como objetivo fundamental compreender as expectativas em relação aos líderes, especialmente no que diz respeito à maneira como eles conduzem suas equipes, gerenciam o negócio e influenciam a cultura das organizações. Os resultados oferecem uma visão valiosa dos principais gaps que requerem atenção na busca pela excelência na liderança corporativa, destacando a importância crescente da agilidade e do desenvolvimento pessoal como fatores-chave para o sucesso organizacional.
Segundo Renato Curi, sócio-diretor da Crescimentum, a avaliação foi realizada através de quatro perspectivas diferentes: Autoliderança; Liderança direta; Liderados; Pares e pessoas que têm contato direto, mas sem relações hierárquicas.
“Cada pilar é avaliado através de seis ou sete afirmações de comportamentos, com o objetivo de
compreender diferentes aspectos da vivência dessas competências nas organizações.”
As competências que tiveram as melhores avaliações e, consequentemente, os pontos fortes da liderança brasileira são Colaboração e Segurança Psicológica. Já as maiores oportunidades estão em Desenvolvimento de pessoas e Agilidade, que são as competências que receberam as menores avaliações no levantamento.
Renato ainda destaca que, “Transformar a cultura organizacional de maneira estrutural exige mais do que simples ajustes. Requer uma intervenção nos sistemas e estruturas desde o nível individual. Já que a transformação organizacional começa com a transformação pessoal das lideranças, pois são as pessoas, não as organizações, que se transformam.”
Média das avaliações:
• Colaboração 6,8
• Segurança psicológica 6,6
• Autoliderança 6,5
• Agilidade 5,8
• Desenvolvimento de pessoas 5,8
Colaboração
Para compreender o comportamento da liderança brasileira em relação ao pilar da Colaboração, que obteve
a maior média de avaliação, o estudo identificou de maneira concreta como a colaboração contribui para o
sucesso dos negócios.
Perguntas-chave como “Tratar todas as pessoas com igual respeito”, “Reconhecer a importância de formar
parcerias dentro e fora da empresa” e “Compartilhar recursos, informações e talentos com outras áreas
visando ao melhor resultado para a organização” se destacaram como pontos fortes da liderança brasileira.
Não é surpresa que esses aspectos ocupem posições de destaque entre as 10 maiores notas na avaliação,
demonstrando seu impacto positivo no ambiente de trabalho e nos resultados da organização.
Segurança Psicológica
No pilar de segurança psicológica, o estudo identificou que a liderança brasileira obteve a maior nota de
toda a avaliação na questão “É uma pessoa em que se pode confiar”. Isso é algo para celebrar, uma vez
que sem confiança, todas as demais habilidades têm seu impacto reduzido, para não dizer invalidado.
O ponto fraco desse pilar fica por conta de “Demonstrar vulnerabilidade, assumindo tranquilamente seus
pontos fracos e erros”. Parece que, na tentativa de transparecer credibilidade e segurança para as demais
pessoas, a liderança se coloca nesse lugar de uma liderança heroica, aquela que precisa ter todas as
respostas, não demonstrar suas fragilidades ou da área que lidera, e resolver tudo sozinha.
Autoliderança
Boa notícia por aqui, pois o estudo identificou que a liderança brasileira demonstra ter um senso de
identidade fortemente alinhado e definido, já que as afirmações “Seus comportamentos refletem seus
valores pessoais” e “Demonstra entusiasmo para viver seu propósito” estão presentes entre as 10 maiores
notas da pesquisa, na 3ª e 6ª posição respectivamente.
Dentro deste pilar, a principal oportunidade de melhoria fica por conta da gestão de emoções, já que
“Gerencia com maestria suas emoções, demonstrando paciência e autocontrole” fechou em 5º lugar no
levantamento entre as piores notas.
Agilidade
De modo geral, o estudo observou que a liderança brasileira não tem vivido a agilidade em seu pleno
potencial.
Isso fica evidente pela presença de duas afirmações entre as dez menores notas de toda a nossa pesquisa,
sendo elas: “Assume riscos ao tomar decisões, mesmo sem todas as informações, abrindo mão de alguma
previsibilidade” que figurou como a pior nota de todas e “Busca realizar testes rápidos e melhoria contínua,
e não apenas elaborar planos robustos e completos”.
Na agilidade, quanto menos coisas estão acontecendo em paralelo, mais rápido se caminha. Esse segue
sendo mais um desafio da liderança, já que “Tem forte senso de priorização” também aparece como um
desafio dentro desse pilar.
Desenvolvimento
Sem dúvidas, desenvolvimento de pessoas é um dos maiores desafios descobertos na pesquisa,
considerando que entre os cinco pilares “Desenvolvimento de pessoas” foi o que recebeu a menor média,
juntamente com a competência “Agilidade”.
O estudo identificou que o que agrava esta competência é que, quando delega, a liderança deixa de apoiar
as pessoas em pontos extremamente importantes para que a delegação aconteça de maneira eficaz.
De forma geral, a pesquisa mostra que as notas dos comportamentos desse pilar apontam para uma
necessidade ainda de maior equilíbrio entre a agenda de gestão e liderança.
“Para efetivar mudanças em processos e decisões, é imperativo que a consciência dos líderes evolua. E
essa evolução demanda a inteligência coletiva; problemas complexos não encontram solução em poucas
mentes, mas sim na colaboração de todas”, completa Renato.
Os comportamentos identificados no estudo tiveram seus principais desafios e sintomas apontados na
pesquisa, além de pontos de desenvolvimento, quatro perfis de liderança disfuncionais foram mapeados na
pesquisa.
Liderança tóxica
• Principais desafios da liderança tóxica: Falta de paciência e autocontrole, assumir os próprios erros
e ser vulnerável, escutar genuinamente as pessoas e gerar um ambiente de falas francas, sem
medo.
• Alguns sintomas que podem ser percebidos: As pessoas estão se sentindo esgotadas
emocionalmente e os índices de afastamento por turnover, burnout ou outros transtornos mentais
aumentaram, a liderança não atua proativamente para melhorar a saúde mental e delega essa
função para o RH, a liderança não consegue perceber o estado emocional das pessoas do time e
ter empatia pelo momento de vida de cada um e a liderança tem encontrado dificuldade em ser
paciente e ter autocontrole.
Como combater: Construindo relações de confiança, com letramento, estigmas e fortalecendo o papel da
liderança na saúde mental, levantando a importância do bem-estar integral, incentivando a liderança
humanizada e inteligência emocional, levando a empatia e diversidade de pessoas para a organização, com
alta performance sustentável e gerindo demandas com responsabilidade, além de potencializar a harmonia
com a segurança psicológica.
Liderança Centralizadora
• Principais desafios da liderança centralizadora: Priorizar o desenvolvimento de pessoas, dar
feedbacks constantes e fomentar uma cultura de feedback, empoderar o time e deixar que o time
construa suas próprias soluções ao invés de dar a resposta.
• Alguns sintomas que podem ser percebidos: O turnover na sua empresa é alto e é possível notar a
queda no engajamento dos colaboradores, liderados e lideradas não tem clareza de como podem
se desenvolver e pedem frequentemente por planos de carreira, a liderança tem dificuldades em
abandonar o papel de executor/executora, as pessoas não têm clareza dos objetivos, contexto e
indicadores.
Como combater: Empoderando pessoas, construindo uma liderança que mentora, colocando pessoas na
agenda como vantagem competitiva, fortalecendo o contexto através da transparência radical, fazendo
perguntas a serviço da criatividade coletiva, tendo o feedback constante como aliado do desenvolvimento,
formando novas lideranças através da delegação e com conversas de desenvolvimento.
Liderança Burocrata
• Principais desafios da liderança: Priorizar as demandas do dia a dia, assumir riscos controlados,
empoderar o time, realizar testes rápidos e entregas em ciclos curtos.
• Alguns sintomas que podem ser percebidos: O negócio deixou de inovar e os competidores estão
ameaçando, as tomadas de decisão e ações são lentas e/ou ineficientes, a sua empresa se
encontra perdida em meio à burocracia e a liderança tem dificuldade em escolher batalhas e
priorizar, a liderança só toma a iniciativa se conseguir estruturar planos extremamente robustos.
Como combater: Enxergando a mentalidade ágil como a melhor amiga da inovação, escolhendo as batalhas
certas através da priorização, com tomadas de decisões rápidas e embasadas, acelerando os resultados
através do empowerment e olhando para a diversidade como alavanca da inovação e melhores resultados.
Liderança omissa
• Principais desafios da liderança omissa: Evitar conflitos mesmo quando necessários, ter medo de
dar feedback, fomentar a construção de um ambiente psicologicamente seguro e tomar decisões
impopulares.
• Alguns sintomas que podem ser percebidos: As pessoas têm receio de se posicionar, as pessoas
deixam que os erros previsíveis aconteçam mesmo quando têm uma ideia de como solucionar, é
possível perceber uma harmonia artificial a partir da ausência de conflitos e as conversas não
acontecem no momento que precisam acontecer.
Como combater: Abraçando a tomada de decisão, encarando conversas difíceis e decisões impopulares,
comunicando de forma não-violenta, construindo espaços seguros para o conflito produtivo, ressignificando
o medo de dar feedback e olhando para os perfis comportamentais e diversidade cognitiva.
Se quiser entender a fundo a pesquisa e gerar insights valiosos, faça o download do eBook completo e
inédito com o raio x da liderança brasileira:

Renato Curi
É graduado em Administração de Empresas pela PUC-SP e é diretor do GCG (Centro de Gestão do
Conhecimento) na Crescimentum. Há oito anos conduz Programas de Liderança, Team Building e processos
de Coaching de executivos. Atuou na Unilever e Danone, empresas nas quais liderou projetos nas áreas de
Marketing e Recursos Humanos. É especialista em Gestão de Cultura Organizacional pelo Barrett Values
Centre e já participou de diversas formações no exterior e foi aluno do Peter Senge, no curso Leadership
Foundations na Society for Organizational Learning. Fez na Singularity University o aprofundamento em
Exponential Innovation e foi um dos líderes participantes na West Point Military Academy no curso BattleTested Leadership Strategies for Executives. É certificado em Behavioral Analyst pela Thomas International,
em Coaching pela Lambent, Coaching Evolution com Richard Barrett e em técnicas de facilitação na
metodologia Art of Hosting
Linkedin: https://www.linkedin.com/in/renato-curi
Sobre a Crescimentum
Desde 2003, a Crescimentum iniciou sua trajetória em liderança com o lançamento do revolucionário Líder
do Futuro: um programa imersivo que já transformou mais de 15 mil líderes e mais de mil empresas no Brasil
e no mundo. Liderada por Arthur Diniz, é parte do Cegos Group, maior grupo de T&D do mundo, atua em
50 países e oferece soluções em mais de 20 idiomas, nas áreas de Coaching & Mentoring e Cultura
Organizacional, com formações e programas in company. Desde 2021, se especializou também em
treinamentos de Vendas e Atendimento, referência em Digital Learning, que impacta mais de 250 mil
pessoas por ano, sendo reconhecida como a empresa número 1 do Brasil em Treinamento e
Desenvolvimento pelo Top of Mind de RH.
Site: https://crescimentum.com.br/
